MISSAO BRASIL LONDRINA

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domingo, 2 de fevereiro de 2014

Boas Musicas, bons pensamentos

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Lampada do Senhor

Mais um Discurso exelente para vocês lerem e se prepararem para sair em missão.

ÉLDER BOYD K. PACKER
DO QUÓRUM DOS DOZE APÓSTOLOS
Extraído de Ensign, janeiro de 1983, pp. 51–56 Extraído de um discurso proferido em um seminário para novos presidentes de missão em 25 de junho de 1982

 Depois de muito pensar, decidi fazer meu discurso como se seus missionários, seus élderes e sísteres estivessem aqui em seu lugar, e apresentar conceitos mais adequados para eles, os iniciantes, os inexperientes, do que para vocês. Espero que por intermédio de vocês, eu possa compartilhar com eles algumas das coisas que aprendi a respeito do Espírito e de como podemos preparar- nos para recebê-lo. Não aprendemos as coisas espirituais exatamente da mesma forma que aprendemos as outras coisas que sabemos, embora possamos fazê-lo lendo, ouvindo e ponderando. Aprendi que é preciso uma atitude especial, tanto no ensino quanto no aprendizado das coisas espirituais. Há coisas que vocês sabem, ou podem vir a saber, que lhes será muito difícil explicar para as outras pessoas. Tenho certeza de que é assim mesmo que as coisas deviam ser. (...)
NÃO APENAS COM PALAVRAS
 Não podemos expressar o conhecimento espiritual apenas com palavras. Podemos, contudo, mostrar com palavras como uma pessoa pode se preparar para receber o Espírito. O próprio Espírito irá ajudar nesse processo. “Porque quando um homem fala pelo poder do Espírito Santo, o poder do Espírito Santo leva as suas palavras ao coração dos filhos dos homens” (2 Néfi 33:1). Temos, então, uma comunicação espiritual, e podemos dizer em nosso íntimo: Era isso que eu estava procurando! É isso que significam aquelas palavras da revelação. Depois disso, se forem cuidadosamente escolhidas, as palavras serão adequadas para ensinar coisas espirituais. Não temos palavras (nem mesmo nas escrituras) que descrevam perfeitamente o Espírito. As escrituras geralmente usam a palavra voz, que não descreve exatamente o Espírito. Aquela comunicação delicada e refinada não é vista com os nossos olhos, não é ouvida com nossos ouvidos. Embora seja descrita como uma voz, é uma voz que mais sentimos do que ouvimos. Depois que compreendi isso, um versículo do Livro de Mórmon adquiriu um profundo significado para mim, e meu testemunho do livro cresceu imensamente. Tem a ver com Lamã e Lemuel, que se rebelaram contra Néfi. Néfi os repreendeu, dizendo: “Haveis visto um anjo que vos falou; sim, haveis ouvido sua voz de tempos em tempos; e ele vos falou numa voz mansa e delicada, mas havíeis perdido a sensibilidade, de modo que não pudestes perceber suas palavras” (1 Néfi 17:45; grifo do autor). (...)
A VOZ MANSA E DELICADA A voz do Espírito é descrita como uma voz nem “áspera” nem “forte”. Não é “uma voz de trovão nem uma voz de ruído tumultuoso”, mas, sim, uma “voz mansa, de perfeita suavidade, semelhante a um sussurro”, que “penetra até o âmago da alma” e faz “[arder] o coração” (3 Néfi 11:3; Helamã 5:30; D&C 85:6–7). Lembrem-se de que Elias descobriu que a voz do Senhor não estava no vento nem no terremoto nem no fogo, mas era uma “voz mansa e delicada” (I Reis 19:12). O Espírito não chama nossa atenção gritando ou sacudindo- nos com brutalidade. Ele sussurra. Ele nos afaga tão gentilmente que se estivermos preocupados com alguma coisa pode ser que não sintamos nada. (Não admira que a Palavra de Sabedoria nos tenha sido revelada, pois como pode o bêbado ou o viciado sentir essa voz?) De vez em quando, ela nos chamará com suficiente firmeza para que pres
temos atenção. Mas na maioria das vezes, se não prestarmos atenção ao delicado sentimento, o Espírito vai retirar-Se e esperar que O busquemos e O ouçamos e digamos, à nossa própria maneira, o mesmo que Samuel disse no passado: “Fala, Senhor, porque o teu servo ouve” (I Samuel 3:10).
FORTES EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS NÃO ACONTECEM COM FREQÜÊNCIA
 Aprendi que não temos muito freqüentemente experiências espirituais fortes e marcantes. E quando as temos, geralmente são para nossa própria edificação, instrução ou correção. A menos que tenhamos sido chamados pela devida autoridade para fazê-lo, elas não nos colocam em condição de aconselhar ou corrigir as pessoas.
NÃO COMENTAR LEVIANAMENTE AS EXPERIÊNCIAS
Concluí também que não é sábio falar continuamente a respeito de experiências espirituais incomuns. Elas devem ser guardadas com carinho e só devem ser compartilhadas quando o próprio Espírito inspirá-los a usarem-nas para abençoar outras pessoas. Lembro-me sempre das palavras de Alma: “É dado a muitos conhecer os mistérios de Deus; é-lhes, porém, absolutamente proibido divulgá-los, a não ser a parte de sua palavra que ele concede aos filhos dos homens de acordo com a atenção e diligência que lhe dedicam” (Alma 12:9). Ouvi, certa vez, o Presidente Marion G. Romney aconselhar os presidentes de missão e respectivas esposas em Genebra, dizendo: “Não conto tudo o que sei; nunca contei a minha esposa tudo o que sei, porque descobri que se eu não agir com muita seriedade ao falar de coisas sagradas, o Senhor passará a não confiar mais em mim”. Creio que devemos guardar essas coisas e ponderá-las em nosso coração, como Lucas disse que Maria fez a respeito das coisas sublimes que acompanharam o nascimento de Jesus (ver Lucas 2:19).
 NÃO PODEMOS FORÇAR AS COISAS ESPIRITUAIS
 Há algo mais a ser aprendido. Não se pode forçar o surgimento de um testemunho; ele precisa crescer. Aumentamos o nosso testemunho da mesma forma que crescemos em estatura física; mal percebemos isso acontecer, porque o crescimento é muito gradual. Não é sensato questionar as revelações com tanta insistência a ponto de exigirmos respostas imediatas ou as bênçãos desejadas. Não podemos forçar as coisas espirituais. Palavras como compelir, coagir, forçar, pressionar, exigir não descrevem nossos privilégios com o Espírito. Não podemos forçar o Espírito a responder, da mesma forma que
não podemos forçar um feijão a brotar ou um ovo a chocar antes do tempo. Podemos criar um ambiente que promova crescimento, edificação e proteção; mas não podemos forçar ou compelir: É preciso esperar o crescimento. Não sejam impacientes para adquirirem um grande conhecimento espiritual. Deixem-no crescer, ajudem-no a crescer, mas não o forcem, caso contrário estarão propensos a se desviarem do rumo certo.
USEM TODOS OS SEUS RECURSOS
Espera-se que usemos a luz e o conhecimento que já possuímos para lidar com os problemas de nossa vida. Não precisamos que uma revelação nos instrua a sairmos para cumprir nosso dever, porque isso já nos foi dito nas escrituras. Tampouco devemos esperar que a revelação substitua a inteligência espiritual ou física que já recebemos. Ela simplesmente irá ampliá-la. Precisamos seguir adiante com nossa vida normalmente, trabalhando todos os dias, seguindo as rotinas, regras e normas que governam a vida. As regras, normas e mandamentos são uma proteção valiosa. Se precisarmos de uma instrução revelada para alterar nosso curso, ela estará nos esperando ao longo do caminho, assim que chegarmos ao ponto em que necessitaremos dela. O conselho de “ocupar-nos zelosamente” é realmente muito sábio (ver D&C 58:27).
MAIS PODEROSO DO QUE IMAGINAMOS
 Não se sintam acanhados nem envergonhados se não souberem tudo. Néfi disse: “Sei que ele ama seus filhos; não conheço, no entanto, o significado de todas as coisas” (1 Néfi 11:17). Há mais poder em seu testemunho do que vocês imaginam. (...)

POR ONDE COMEÇAR
 Não é incomum ouvirmos um missionário dizer: “Como posso prestar um testemunho antes de adquiri-lo? Como posso testificar que Deus vive, que Jesus é o Cristo e que o evangelho é verdadeiro? Se eu não tenho esse testemunho, não seria desonesto?” Oh! Se ao menos eu pudesse ensinar-lhes este único princípio. O testemunho é descoberto quando nós o prestamos! Em algum lugar de sua jornada em busca de conhecimento espiritual, existe aquele “salto de fé”, como os filósofos o chamam. É o momento em que chegamos até o limiar da luz e damos um passo para dentro da escuridão, para então descobrirmos que o caminho está iluminado por apenas um ou dois passos à nossa frente. “O espírito do homem”, como diz a escritura, é realmente “a lâmpada do Senhor” (Provérbios 20:27). Uma coisa é receber um testemunho daquilo que lemos ou do que outra pessoa disse; e temos obrigatoriamente que começar por aí. Mas uma coisa totalmente diferente é sentir o Espírito confirmar em nosso peito que aquilo que nós testemunhamos é verdadeiro. Percebem que isso lhes será concedido quando vocês o compartilharem? Ao oferecerem o que vocês têm, isso lhes será devolvido e aumentado! (...)
ELE IAPOIÁ-LOS
Se falarem com humildade e sincera intenção, o Senhor não os deixará desamparados. As escrituras prometem isso. Ponderem esta promessa: “Portanto, em verdade vos digo: Clamai a este povo; expressai os pensamentos que eu vos puser [observem que isso ainda está por acontecer] no coração e não sereis confundidos diante dos homens; Pois naquela mesma hora, sim, naquele mesmo momento, ser-vos-á dado o que dizer. [Observem novamente que isso é algo que acontecerá no futuro.] Mas um mandamento vos dou, de que tudo o que declarardes declarareis em meu nome, com solenidade de coração, com espírito de mansidão em todas as coisas. E prometo-vos que, se fizerdes isso, derramar-se-á o Espírito Santo testificando todas as coisas que disserdes” (D&C 100:5–8). (...) O ESPÍRITO NÃO LUTARÁ PARA SEMPRE CONOSCO
 Depois que isso acontecer, sejam obedientes aos sussurros que receberem. Aprendi uma lição muito importante quando fui presidente de missão. Eu era também Autoridade Geral. Fui inspirado várias vezes, para o bem do trabalho, a desobrigar um de meus conselheiros. Além de orar a esse respeito, eu tinha chegado à conclusão de que aquela era a coisa certa. Mas não fiz isso. Temi magoar um homem que tinha servido na Igreja por muito tempo. O Espírito Se afastou de mim. Não recebi nenhuma inspiração sobre quem deveria ser chamado como conselheiro, caso eu o desobrigasse. Isso durou várias semanas. Minhas orações não passavam do teto da sala onde as fiz. Tentei diversas outras maneiras de colocar o trabalho em ordem, mas de nada adiantou. Por fim, fiz o que o Espírito me orientara a fazer. Imediatamente, o dom retornou! Oh, como foi sublime a alegria de ter aquele dom novamente. Vocês o conhecem, porque vocês o possuem: o dom do Espírito Santo. E o irmão não ficou magoado. Na verdade, ele foi muito abençoado, e imediatamente, o trabalho começou a prosperar.
PODEMOS SER ENGANADOS
 Estejam sempre atentos para não serem enganados por uma inspiração proveniente de uma fonte falsa. Vocês podem receber falsas mensagens espirituais. Há espíritos falsos, assim como há anjos falsos (ver Morôni 7:17). Tomem cuidado para não serem enganados, porque o diabo pode aparecer disfarçado de anjo de luz. Nossa parte espiritual e nossa parte emocional estão tão intimamente ligadas que
 é possível confundir um impulso emocional com algo espiritual. Ocasionalmente encontramos pessoas que receberam o que elas supõem ser um sussurro espiritual de Deus, quando na verdade aquela inspiração está centralizada nas emoções ou veio do adversário. Evitem como se fosse uma praga aqueles que alegam terem sido abençoados com uma grande experiência espiritual que os autoriza a desafiar a autoridade constituída do sacerdócio da Igreja. Não fiquem perturbados se não conseguirem contradizer todas as insinuações do apóstata ou todo desafio dos inimigos que atacam a Igreja. Enfrentamos uma enxurrada dessas coisas. No devido tempo, vocês serão capazes de confundir os iníquos e inspirar os sinceros de coração. (...) (...) A pérola de grande valor é aprender bem cedo na vida a ser guiado pelo Espírito do Senhor — um dom sublime. De fato, trata-se de um guia e uma proteção. “O Espírito ser-vos-á dado pela oração da fé; e se não receberdes o Espírito, não ensinareis” (D&C 42:14).
VOCÊS PODEM FAZER O TRABALHO DO SENHOR

 Há grande poder neste trabalho, um poder espiritual. Um membro comum da Igreja, como vocês, tendo recebido o dom do Espírito Santo pela confirmação, pode realizar o trabalho do Senhor. Há vários anos, um amigo, que já faleceu há muito tempo, contou-me esta experiência. Ele tinha dezessete anos e, com seu companheiro de missão, parou em uma pequena casa nos estados do sul. Era seu primeiro dia no campo missionário, e aquela era sua primeira porta. Uma mulher grisalha apareceu do outro lado da tela de proteção e perguntou o que eles queriam. Seu companheiro o cutucou para que ele prosseguisse. Muito atemorizado e sentindo a língua travada, ele finalmente conseguiu dizer: “Como o homem é Deus já foi, e como Deus é o homem pode vir a ser”. Por estranho que pareça, ela ficou interessada e perguntou onde ele tinha ouvido isso. Ele respondeu: “Está na Bíblia”. Ela saiu de junto da porta por um instante e voltou com sua Bíblia. Dizendo ser ministra de uma congregação, ela entregou a Bíblia para ele e disse: “Mostre-me onde está”. Ele pegou a Bíblia e a folheou com nervosismo. Por fim, ele a devolveu, dizendo: “Não consigo encontrar. Nem tenho certeza se está aí, e mesmo que esteja, não consegui encontrar. Sou apenas um pobre rapaz da fazenda que saiu de Cache Valley, em Utah. Não tenho muita instrução. Mas venho de uma família que vive o evangelho de Jesus Cristo. E isso foi tão bom para minha família que aceitei o chamado de vir servir em uma missão por dois anos, à minha própria custa, para dizer às pessoas como me sinto a respeito do evangelho”. Depois de meio século, ele não conseguiu conter as lágrimas ao contar-me que ela abriu a porta e disse: “Entre, meu rapaz, eu gostaria de ouvir o que você tem para dizer”. Há um grande poder neste trabalho, e o membro comum da Igreja, apoiado pelo Espírito, pode fazer o trabalho do Senhor. Há muitas outras coisas a serem ditas. Eu poderia falar sobre oração, jejum, a autoridade do sacerdócio, dignidade — todas essenciais à revelação. Quando compreendidas, todas se encaixam perfeitamente. Mas algumas coisas precisam ser aprendidas individualmente, sozinhos, ensinados pelo Espírito. Néfi interrompeu seu grande sermão sobre o Espírito Santo e os anjos, dizendo: “Não posso dizer mais; o Espírito encerra a minha fala” (2 Néfi 32:7). Fiz o melhor que pude com as palavras que tenho. Talvez o Espírito lhes tenha aberto o véu um pouco ou confirmado para vocês um princípio sagrado de revelação, de comunicação espiritual. Sei por experiências por demais sagradas para serem mencionadas que Deus vive, que Jesus é o Cristo, que o dom do Espírito Santo que nos foi conferido em nossa confirmação é um dom sublime. O Livro de Mórmon é verdadeiro! Esta é a Igreja do Senhor! Jesus é o Cristo! Há um profeta de Deus que nos preside! O dia dos milagres não cessou, tampouco os anjos deixaram de aparecer e ministrar aos homens! Os dons espirituais estão na Igreja. O mais especial deles é o dom do Espírito Santo!